Não há um dia em Portugal no qual se não faça um debate meio a serio, meio a brincar nos mass media Portugueses, em que não se debata o estado das finanças do país e o seu ilustre défice[1], que segundo os últimos números, alberga o fantástico número de mais de 6 milhões de dependentes (sugadores) do orçamento de estado. Não sendo economista, e com a agravante de ter ganho anticorpos aos algarismos como a maioria da população em Portugal e de entre eles encontram obviamente os nossos governantes e o nosso primeiro-ministro (o expoente máximo de proxenetismo em Portugal). O caso do défice das contas públicas em Portugal não é dos mais graves da Europa, ou seja o nosso défice é grande, mas como existem outros países com um défice maior…qual é problema… os americanos estão com o maior défice do pós segunda guerra e não fazem disso um drama.
Sendo assim concluo que de facto Portugal é pequeno, mas a nossa pequenez não é geográfica mas sim intelectual. Em Portugal qualquer pequeno problema vira bicho-de-sete-cabeças. Outro dos grandes problemas de Portugal é fruto da sua pequenez, e qualquer problema é um grande problema, por mais pequeno que ele seja. Neste aspecto Portugal é como um doente em fase terminal de imunodeficiência e qualquer resfriado pode ser letal.
A imunodeficiência e pequenez de Portugal revelam-se sobretudo a dois níveis:
1. 1.º De índole histórico-geográfica, resulta por um lado pelo facto de Portugal ser uma pequena nação, também é verdade que a nível europeu não existem grandes nações se excluirmos a Rússia. A Europa fruto de duas grandes guerras em seu solo viu-se fracturada nos pós guerras, (territorialmente e mentalmente) mas lá conseguiu recuperar fruto de muita labuta. Portugal entretanto nunca recuperou verdadeiramente do pós descolonização, para a qual não estava manifestamente preparado, mas que lá teve que se fazer a pressão como tudo em Portugal.
2. A 2.ª de natureza psicológica, aí que a porca troce o rabo, como diz o Zé Povinho, pende-se com o facto de nunca termos recuperado inteiramente enquanto nação dos maravilhosos anos dourados dos descobrimentos. Sempre fomos desde cedo a primeira nação global, habituamo-nos a ter vistas largas e uma ambição desmedida, habituamo-nos a olhar o infinito e a ver para lá do oceano. Este fardo juntamente com o fardo herdado do sebastianismo, no qual estamos mais de 400 anos à espera do Sebastião salvador, que nunca chegou, (a não ser que seja o nosso primeiro-ministro) toda a nossa história foi dirigida para o atlântico e deste para o mundo. De súbito perdemos as colónias e dizem-nos que temos agora de encurtar as vistas e virarmo-nos para a Europa, através da Espanha de onde nunca vieram nem bons ventos nem bons casamentos, da qual nunca nada quisemos saber, da qual nunca verdadeiramente nos identificamos. Somos e sempre fomos um país periférico dentro da Europa. A velha Europa sempre olhou para nós portugueses se soslaio e sobranceria. Somos periféricos e iremos continuar a sê-lo porque o problema de Portugal foi desde sempre existirem muitos portugueses, e com eles, muita corrupção e compadrio.
Não conheço uma ex-colónia ibérica que se tenha dado bem, que seja um exemplo de desenvolvimento, a exemplo dos Estados Unidos, a Austrália, ou o Canada. São todos bons exemplos mas nenhum deles provém de uma ex-colónia de países latinos. Os latinos são a mais vil linhagem à face da terra, fundaram as mais ignóbeis instituições do planeta: a máfia, a inquisição, a república e a igreja católica. Portugal faz parte dessa curta lista de latinidade, somos portugueses e o facto de sermos portugueses já implica desde si um fardo muito grande que todos temos de carregar. É cultural, nada é mais português que ser português, e o português típico é baixo gordo usa bigode, dá pelo nome de Manuel e extremamente propenso a corrupção. Ser português é isso mesmo é ser corrupto, e o habito faz o monge, e a corrupção faz do orçamento de estado uma porca com inúmeras tetas da qual é um ver se te avias entre os porquinhos esfomeados. Falam em mudar a imagem da república para a figura da Amália, eu cá voto na imagem da porca, muito mais fidedigna e apesar de tudo actual.
A corrupção está de tal modo enraizada em Portugal, é axiomática, devia ser inscrita na bandeira nacional como os brasileiros tem inscrito Ordem e progresso, nós deveríamos ter algo do género corrupção e compadrio fazem do Português vadio. O status social do português não se mede no seu grau académico ou de riqueza monetária. Quem estuda em Portugal é desempregado[2] e burro[3]… ou Doutor[4]. Quanto ao desempregado é óbvia a resposta. É burro porque se deu ao trabalho de ir para a universidade em vez de investir no factor social[5]. Por isso se diz que quem tem amigos não vai preso, nem fica desempregado, mesmo que seja analfabeto. É melhor não saber ler, a ser muito erudito[6] e não conhecer presidentes da câmara ou vereadores.
Se não tiverem dinheiro, ou não tiveram lobbies políticos deixem-se de cursos e graus académicos que isso não vos vai servir para nada. Apostem num curso de árbitros, custa menos e dá muito mais dinheiro, ou pelo menos fruta vai dando, e já não passam fome pelo menos. Se não tiverem apetência pelo desporto e forem mesmo totós, com óculos fundo de garrafa e os paizinhos não conhecerem ninguém, então não desesperem, serão sócios dessa enorme e crescente comunidade de parasitas deste país que quer trabalhar “os desempregados”. O fosso esforço não terá sido em vão, outros aprenderão com a vossa luta… com o vosso sangue. Muitos já não irão mais inscrever-se nas universidades, mas sim nos partidos políticos (em exercício, nas câmaras de residência ou no governo, porque os outros é só para atrasar a vida), deixarão de ir a conferências, colóquios, para irem a comícios.
Voltando aos debates em torno do défice, acho muito estranho que em Portugal, ainda se fale do assunto. Com tanto carcamano[7] a chuchar nos seios dessa grande meretriz que é a administração pública em Portugal, ainda se admiram que o défice seja elevado. Se até eu cheguei ao fundo do problema, e pior também á solução, mas o meu espanto é cada vez maior na medida em que ainda ninguém encontrou uma fórmula de diminuir o respectivo défice quando até eu já o fiz (e não sou engenheiro aeroespacial). Mas devo contudo referir que foi preciso pensar muito mesmo, que não se pense que as minhas conclusões foram tiradas assim da cartola, foram precisas mais de duas horas de intensa reflexão, e leituras de dois terços de volume da enciclopédia britânica…
Mas cheguei a duas estranhas hipóteses para o paradigma do défice:
1. Ou eu serei muitíssimo inteligente? (O que a ser verdade responde a outro dos meus dilemas existenciais, causa de muitas noites em branco. E que se prende com o facto do porque de em tantos em mais de 6 milhões ainda não amanhei eu um tacho? Cuja resposta é bastante obvia. Não sugo na grande prostituta, pelo facto de o meu QI ser demasiado elevado).
2. Ou é bem mais elementar a resposta, e simplesmente não querem deixar de mamar nos seios da grande meretriz que a todos alimenta e quem vier atrás que feche a porta.
Estranhamente opto pela segunda hipótese, mas lá está, só cheguei lá porque sou extremamente dotado intelectualmente, pelos vistos ao invés dos nossos governantes.
[1] Seios da meretriz (republica Portuguesa) da qual os carcamanos buscam seu opulento sustento.
[2] Individuou estúpido, crente e temente a deus, com elevado grau académico, mas que contudo não conhece ninguém digno de registo na esfera política e administrativa.
[3] Enquanto o estúpido consegue emprego na função pública, o burro difere no género, acredita que com competência arranjara emprego.
[4] Personalidade que ingressa no ensino superior com tacho garantido na função publica, fruto dos compadrios políticos dos seus parentes ou amigos.
[5] Também conhecido por cunha, acto de conhecer ou influenciar e/ou diligenciar a indivíduos tacho, com notória incapacidade mental de trabalhar fora do sistema.
[6] Gajo que passa a vida a ler demasiados livros e fica sem tempo para conhecer os presidentes de câmaras e respectivos vereadores.
[7] Individuou opulento que suga e engorda nas tetas da grande rameira que é o orçamento de estado, (mais de 6 milhões em Portugal).
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