É incompreensível a existência do amor?
Para quê depositar as nossas expectativas em alguém que não nós próprios, muito menos fazer depender a nossa suposta felicidade na dependência directa de alguém…
Sejamos realistas, podemos pesquisar ou interrogarmo-nos o quanto quisermos, a quem pretendermos durante o tempo que desejarmos, mas nunca alguém em boa verdade irá dar-nos uma resposta concreta e concisa e cientifica para a singularidade do amor.
O facto é tão verdadeiro, que o paradigma do amor ainda não foi devidamente dissecado e explicado pelos dogmas da ciência moderna. No máximo que a moderna ciência alcançou a respeito do amor foi relaciona-lo com processos bioquímicos existentes no cérebro humano… mas nunca no concreto… e porquê? Porque nem mesmo a existência incontestável do fenómeno do amor, foi alguma vez comprovada… por esse facto sou obrigado afirmar que é o amor é uma fábula… não para criancinhas como o pai natal ou a fadinha dos dentes… mas para adultos que após findarem a sua fase da puberdade necessitam de algo com se entreterem. Isto está de tal maneira bem feito que se assim não fosse, imaginem a nossa vida enquanto indivíduos em particular e sociedade em geral… e imaginem também no quanto poderíamos alcançar e conquistar com o tempo desperdiçado à procura do Amor (em alguns casos) ou um novo amor (noutros casos). Confesso que também não sei a resposta, mas de certeza que já teríamos avançado para a conquista do universo ao nível da odisseia Star Trek.
Será que não passamos toda a história da humanidade a confundir amor com desejo???
Não será o paradigma do amor apenas isso… desejo...? E nada mais…
Em todas as relações… após conquistado o desejo inicial, instala-se o vício… a rotina a monotonia… todas as virtudes da pessoa anteriormente amada rapidamente se transformaram em defeitos… passamos a olhar para a fruta do vizinho (muitas das vezes bem pior que a nossa), e considera-la bem mais apetecível…
O que me leva mais uma vez a concluir, que o amor não passa de desejo um irracional, e quando concretizado… passamos a racionaliza-lo de uma outra forma… mais cerebral e menos sexual.
Mas então o que leva a que muitos casais fiquem uma eternidade juntos? Mais uma vez confesso que não sei, até pode ser que esteja errado, mas penso que seja o carinho… amizade, muitas vezes os filhos, e os compromissos efectuados perante a sociedade, simbolizados no altar perante as famílias e amigos… que muitas das vezes tem complexos de inferioridade em assumir que o seu casamento/relacionamento vai pelas horas da amargura. Ou ainda talvez seja pelo facto de no mais ínfimo subconsciente irracional de cada um de nós sabermos lá no fundinho dos fundilhos que não adianta arranjar um novo par… que vai acabar direitinho como o anterior… na monotonia e no vicio… por isso mais vale ficar com a mãe/pai dos nossos filhos que ir ajudar a criar os filhos dos outros… quando sabemos que no final resultado será de certeza igual ao primeiro, pode-se dar as voltas que se queira dar, no fim a natureza pensou em tudo… ou quase tudo, e nós em nada ou quase nada…
Fodido deve ser o calão mais utilizado, quer numa vertente positiva como negativa. Por exemplo: «Di Maria é fodido, finta que se farta» ou «estou fodido», «Potugal está fodido». talvez esta banalização esconda a verdade das coisas.
ResponderEliminarNo seu texto não percebo o sentido de «vício». Quer esclarecer? Obrigado.
A expressão vício que refiro no texto é numa perspectiva de continuação de acto/hábito imperfeito, num sentido um pouco informal. Mas agradeço a questão… pois é sinal de leitura atenta.
ResponderEliminarDe facto a expressão” fodido” é bastante elástica…
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