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sábado, 27 de fevereiro de 2010

FARPAS



«Estamos perdidos há muito tempo…
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como o inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do actual governo?
Não!»
Eça de Queiroz, in Revista “Farpas” 1871
Não, este artigo não foi escrito por Mário Crespo, nem tão pouco por Manuela Moura Guedes, não foi publicado pelo jornal Sol ou outro qualquer jornal acusado de perseguir o actual governo de José Sócrates.
Este artigo foi escrito por Eça de Queirós em 1871, e foi publicado na revista As Farpas, que era escrita por Eça de Queirós em parceria com Ramalho Ortigão.
O que mais me fascina neste texto é a sua actualidade, 140 anos após a sua publicação.
Lendo este artigo sou obrigado a acreditar que este país não tem solução, pois os problemas relatados por Eça, permanecem em pleno século XXI.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O pecado da Usura...



Para se poder entender melhor o que é a usura e quem são os moneychangers  (ou argentários), é inevitável retroceder no tempo até volta de 200 A.C., quando pela primeira vez se possui indicador da "usura". Através dos vários significados do dicionário para usura encontramos juro exorbitante, exagerado, lucro exagerado, mesquinharia.
Dois imperadores romanos foram mortos por pretenderem introduzir leis de reestruturação para limitar a património privado de terras ao máximo de 500 acres e libertando a cunhagem de dinheiro, que era feita pelos agiotas. Em 48 A.C., Júlio César chama a si o poder de expelir moeda, disponibilizando-o para qualquer um que possuísse ouro ou prata. Também acabou assassinado. De seguida os homens vulgares perderam suas habitações e seus bens, da mesmo feitio como temos visto suceder na crise americana das penhoras.
Os judeus intentam aclarar a sua excessiva e velha ganância e avidez, incriminando os reinos cristãos por toda a Europa que supostamente os teriam impedido de praticar determinadas ocupações durante séculos, e assim sentenciando-os, pobres desgraçados, a resistirem somente através da usura e da agiotagem.
Mas, obstando esta incoerente elucidação, Sayce, historiador britânico expõe documentos segundo os quais, a arcaica particular do parasitismo judaico já era patenteada na antiga Babilónia, uns argentários judeus que desde aquele período, anterior à primeira aniquilação do Reino de Judá  já presavam bastante "aliviar" os bolsos seus "fregueses", juros exorbitantes de 25%... e isso cinco séculos antes da nascença de Jesus Cristo.
A usura crime anteriormente punido pela igreja, pelo facto dos usuários ganharem o dinheiro com o sangue e suor dos outros, sobre um tempo e uma liberdade que não lhes pertencem, condenando o seu semelhante a humilhantes probatórias impostas pela necessidade humana. Contudo ontem como hoje os agiotas dos banqueiros em plena crise económica (paga por todos nós com dinheiro do erário publico), dão-se ao pagode de apresentar lucros mirabolantes, que todos nós sabemos terem saído do nosso coiro, quando o resto do país está na mais completa ruína. Desenganem-se quem pensa que o poder executivo manda no país… pois na verdade este é todo dos agiotas… das sanguessugas dos banqueiros.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

O que é representa verdadeiramente o carnaval para a nossa sociedade actual?




Se pensarmos bem, o carnaval nada mais é que um mero tubo de escape para as frustrações de todo um ano.
É a altura em que todas as almas frustradas podem realmente assumir as peles que desejariam assumir e não podem por receio…ou seja, utilizam o carnaval para sair realmente do armário, nem que seja pelo menos um dia, em determinada altura do ano, sem que por isso seja criticado pelos seus pares.
Ainda que possam ostentar toda uma atitude de boiolas, parecer boiolas, sem no entanto serem tanga frouxa.
Eu pessoalmente não acho isto lá muito saudável…mas também sou eu, um pouco tradicionalista (heterossexual), lá está - cada um é como cada qual. Não sou homofóbico (acho bem dize-lo explicitamente para não ser mal interpretado) nem pretendo sê-lo, apenas critico a camuflada saída do armário de determinados indivíduos, supostamente heteros, uma vez por ano. Que se assumam ao menos de uma vez para nos pouparem a determinados embaraços de termos que fechar os olhos a determinados comportamentos depreciativos, os quais somos obrigados considerar normal e até uma certa piada, desde que seja pelo carnaval…
Até consigo entender que uma certa personagem tenha interesse em nome de uma causa maior em disfarçar-se do sexo oposto por uma determinada razão, em determinado ano. Só não consigo entender é o motivo de o fazerem sistematicamente ano após ano, como se pensassem que não repararíamos na sistemática utilização imprópria da roupa e cuequinha tanga das respectivas esposas. Esses indivíduos têm na minha modesta opinião, serias dúvidas se devem ou não sair do armário!?
Na sociedade actual não há que ter complexos rapaziada da viadagem, assumam-se! E poupem as vossas esposas a autênticos anos sabáticos sexuais… Porque ser carne a fingir que é peixe não tem paladar nenhum.

Eu… assumo… gosto muito de mulher, sou tradicionalista. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fui para a Patagónia...



O que faço eu aqui? Obra do eterno viajante Bruce Chatwin.


É também uma pergunta que todos nos deveríamos fazer a nos próprios! Ficou famosa a sua carta de despedida dirigida ao seu superior do Sunday Times: “Fui para a Patagónia”, simples, decidido e brutal, o espírito de aventura está presente em toda abra de Chatwin, o eterno viajante como prefiro intitula-lo, merece toda a minha admiração e consideração. Quantas almas entre nós não desejaram fazer o mesmo que Chatwin que atire a primeira pedra… Eu pessoalmente desejo-o muitas e muitas vezes… até neste preciso momento em que escreve estas linhas estou a invejar Chatwin e a sua maldita coragem de fazer do mundo seu campo de recreio. Pode não ser hoje nem amanha, mas juro que qualquer dia sigo nas peugadas de Chatwin e vou para a patagónia, mas não sem antes me despedir cordialmente do meu grande camarada Sócrates com um sempre cordial e afável “Fui para a Patagónia”.

O homem que passa toda a sua vida errando pela terra, o homem torna-se ele mesmo no caminho e não o caminhante.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Problema da dispersão das construções e das urbanizações no espaço rural no Vale do Ave.


Se há um traço e uma problemática em comum entre os municípios do vale do Ave, e como tal merecedora da atenção dos respectivos municípios e associações intermunicipais nomeadamente: AMAVE  E ADRAVE... esse problema denomina-se urbanização difusa!  É por conseguinte uma problemática actual, e extremamente complicada de lidar.  Muito se tem dito sobre ele, principalmente nos estados unidos onde o conceito teve a sua origem. enquanto os nossos municípios continuam a dormir na forma, como sempre... Ficam no entanto as perguntas as perguntas, mas afinal o difuso é bom ou mau? Quais as suas características, e vantagens ou desvantagens?
 Muitos autores criticam este modelo difuso pois apresenta elevados custos, pois é gerador de subúrbios de baixa densidade populacional, e como tal grandes consumidores de solo, acumulando grandes prejuízos ambientais, isto para alem do aumento do tráfego automóvel e todas os seus maléficos inerentes ao mesmo. Gerando perdas de qualidade de vida e gastos excessivos por parte das autarquias, e dos próprios automobilistas.
 Alguns defendem o difuso argumentando com isto que os estudos não foram bem feitos, e que a densidade populacional nos centros urbanos que é similar a das periferias. 
Agora é inevitável a questão, se o difuso teve origem nos Estados Unidos, apresentando uma tipologia um pouco diferente do Vale do Ave, de que modo elas se cruzam e onde divergem? E a resposta parece simples, tendo elas origens diferentes, também o serão de facto no seu conteúdo. Mas para isso e necessário analisar os dois tipos e conjuga-las com outros fenómenos a nível Europeu e nacional
Desde o final do século XIX que a problemática provocada pelo crescimento e pelo crescimento e densificação do urbano, impulsionaram a busca de modelos urbanos de baixa densidade populacional. A cidade jardim de Howard, que deixou as suas marcas um pouco por toda a Europa e E.U.A.
O desenvolvimento acelerado da indústria automóvel ao longo do século eliminou as inconveniências que o habitar fora dos perímetros urbanos poderia acarretar, sendo que possivelmente o maior problema da urbanização difusa se verificou nos Estados Unidos da América, onde a relativa baixa densidade do seu território era uma constante.
 Quanto ao caso português, nos últimos quinze anos, as dinâmicas do padrão territorial Português, tem-se vindo a caracterizar por três processos importantes genericamente descritos por metropolização; litoralização; e o reforço de um conjunto de pequenos centros urbanos. A metropolização corresponde ao grande poder de atracção produzido pelas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, onde se concentram a volta de 40% da população Portuguesa. Por sua vez a litoralização caracteriza-se por uma concentração demográfica ao longo da linha costeira Atlântica, que se estende desde Setúbal ate Viana do Castelo e costas algarvias. O terceiro processo é o reforço de pequenos centros urbanos distribuídos por uma grande região geográfica. Esta caracteriza-se por recuos demográficos, desertificação e envelhecimento, e enfraquecimento da população e dos tecidos empresariais. Também é caracterizada por debilidades no tecido urbano, e baixa densidade populacional que J. Ferrão classifica por Arquipélagos.
No que diz respeito ao vale do Ave e a urbanização difusa, pode dizer-se que alem de serem processos difusos de urbanização também o são de industrialização. Um pouco na linha dos distritos industriais em Itália, no entanto a que é que se deve a raiz difusa Do Ave?
A primeira razão é de raiz socioeconómica, avaliando os modos de organização flexível dos sistemas produtivos locais, que se centra muito no sector têxtil, e este nas suas raízes necessita fortemente de agua abundante, logo a sua localização terá que o ser junto de linhas de água, que se centrou nos padrões de urbanização típicos dos territórios de industrialização difusa. A herança histórica de uma matriz de povoamento disperso, e de um extremo parcelamento da propriedade rural, a densidade e uma falta clara de uma hierarquização viária, a herança artesanal dos processos industriais e o modelo disperso de industrialização herdado do século XIX, as novas lógicas de localização industrial, a ausência de politicas de zonamento industrial, a existência de um modelo industrial de crescimento extensivo forte gerador de empregos de mão de obra não qualificada e um nível de competitividade baseado na diferença de baixos custos salariais, os processos espontâneos de urbanização, a dupla ocupação entre agricultura e industria e o défice de centralidade dos centros urbanos. 
Então pode-se afirmar que a problemática da inoperância da dicotomia campo-cidade, a tipificação de um modelo industrial difuso, onde a maioria da população e industrias se localizam fora das cidades ou seja nos espaços entre cidades.
Assim a dicotomia anteriormente descrita se traduziam numa série de pressupostos que condicionam a problemática do modelo territorial, os estudos e politicas que estas haviam seguido. Como resultado deu-se a descoberta de uma urbanização frágil e de distritos industriais frágeis e pouco resistentes aos processos de internacionalização e a fragilidade do sistema urbano difuso. 

Fica Prometido para breve mais considerações sobre a temática em questão...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

S. Valentim, o Santo Capitalista.










Dou por mim neste mês Fevereiro, e a matutar na periodicidade das festas mais ou menos católicas, e das quais se alimenta a fome capitalista, são elas:

1. Em 14 Fevereiro, dia de S. Valentim (o santo, não o major de barbas).
2. 16 De Fevereiro, carnaval.
3. 4 De Abril, Pascoa 
4. 1 De Novembro, todos os santos.
5. 25 Dezembro, Natal
6. 1 De Janeiro. Ano novo

Todos estes dias são dias de ir à carteira do Zé Povinho, e dos Otários e trouxas deste País terceiro-mundista!
No corrente mês de Fevereiro é mesmo quase impossível não se pensar no dia de S. Valentim, ou dia dos namorados como é vulgarmente conhecido. Desde o fim da época natalícia que começamos a ser bombardeados com a publicidade consentânea ao dia de S. Valentim, em tudo quanto é meio de comunicação social, o que eles fazem nada mais é que bombardear-nos constantemente com bagulhos, até que as mentiras inúmeras vezes repetidas se transformem em verdades absolutas. Daí até já não concebermos a nossa vida sem um dia S. Valentim em conformidade com a publicidade em questão, previamente vendida através da publicidade, sem que disso déssemos conta, é um pequeno passo, sem que dele nem nos apercebamos tão-pouco…  dia de S. Valentim isto, dia de S. Valentim aquilo.  
Tiram-nos o dinheiro do bolso mesmo ainda antes de nós darmos conta! Um roubo à mão armada é bem mais digno de respeito, porque ao menos o gatuno, não conta com ajuda e simpatia das (nossas ou nossos companheiros, esposas ou namoradas), avisa da sua intenção prévia de nos gamar a carteira e todo o seu recheio incluindo telemóveis e ocorre geralmente através de uma arma de fogo (bem mais convincente que a publicidade) e deste podemos sempre apresentar queixa nas autoridades do sucedido.  
Com tanta pamonha dou comigo a dar razão aos fundamentalistas islâmicos, e ao receio que demonstram para com o capitalismo ocidental, e a sua capacidade de perversão e usurpação dos valores tradicionais da nossa sociedade de índole cristã. É de registar que eles não temem os blindados nem aviação americana, mas é relativamente fácil para eles identificarem a sua mais perigosa das armas: o Capitalismo. Reparem, com bombas e mísseis podem eles bem… agora com o capitalismo não há muçulmano que resista! Qual é o muçulmano que iria resistir a comprar uma bíblia se ela viesse acompanhada de um poster da Pamela Anderson semi-nua? Vender-se-iam que nem ginjas…
Estes indivíduos (os mesmos que nem o nascimento e morte de Cristo respeitam), usurparam e perverteram as grandes datas sagradas para o cristianismo e sociedade ocidental, transformando-as em ícones capitalistas e consumistas… é a beleza do capitalismo e consumismo exacerbados no seu expoente máximo… Estes indivíduos capazes de venderem um par de botas a um amputado das pernas, não conhecem limites. Para combate-los é necessário a mesma tenacidade e ferocidade com que eles nos atacam, é necessário para isso:
1. Ter uma vontade férrea e uma mente forte, e conseguir assistir a Tv. e jornais sem conseguir ir no paleio consumista (o que é difícil).
2. Não ter dinheiro absolutamente nenhum, (o que julgo a melhor estratégia), pois assim mesmo que a mente não vença o desejo, a falta de liquidez momentânea resolve o problema, quando vier a ter dinheiro já o seu desejo de possuir determinado objecto capitalista, foi substituído por um outro desejo. E terá aprendido com isso.  
3. Não possuir igualmente dinheiro absolutamente nenhum, mas ainda assim fazer um credito em seu nome, ou em nome de alguém (que nunca irá pagar, está parte é importante) para assim lixar forte e feio o capitalismo no seu próprio jogo. Este sistema apresenta a vantagem de aparentemente aos olhos dos capitalistas entrar no jogo deles, quando na verdade são pessoas como você que irão destruir o sistema.  
Não é por acaso que a sociedade actual é quase uma sociedade totalmente desapropriada de valores, e digo quase porque o consumismo, a posse, o adquirir é mesmo o único valor que realmente interessa a sociedade actual.
Abdicamos da nossa liberdade em troca do consumismo, permitimos que a publicidade nos media tolde o nosso raciocínio e dos nossos filhos a troco de pouco/ou quase nada pagarmos pelo consumo dos mesmos conteúdos dos media. Trabalham diariamente nas vossas empresas, nos vossos empregos, e para quê? Para cada vez mais deverem à banca? Nada é vosso… o carro pertence ao banco, como igualmente a vossa casa… e quando vierem a pertencerem a vocês, já terão pago 2 vezes mais o valor dela! Já nada mais irá restar que juntar uns tostos da reforma para pagar o caixão!  
A única coisa que temos de nós mesmos, é a nossa liberdade, mas se através do trabalho, abdicarmos dela em favor do consumismo, estamos a prostituirmo-nos ao capitalismo. Que julgam? Que pensavam fazer quando chegarem à reforma? Que trabalharam muito, mas agora tem a vossa casa e o vosso carro pago? Pode até ser verdade mas os anos perdidos de juventude em prol do capitalismo ninguém lhos pagará… 
De certa forma vivemos numa sociedade castradora e restringidora da liberdade alheia, que nos obriga, directa ou indirectamente a abdicar da única coisa que conquistamos em séculos de humanidade - a Liberdade!
A sociedade sob pena de nos excluir dela própria. Obriga-nos a possuir… um carro, um telemóvel, roupa, comida! Tudo para que nos consigamos sentir incluídos! Tudo pelo qual é necessário pagar… e tudo para ser pago exige dinheiro… que por sua vez exige trabalho…. Que por sua vez exige parte da sua liberdade! Obrigando-nos a entrar no jogo do capitalismo, e numa sequência interminável que nem com a morte termina.  
Dirão os mais cépticos que temos a liberdade de comprarmos ou não as pamonhas que nos são impingidas ciclicamente, mas a verdade é nua, é crua, a partir do momento que incutem em nós o desejo de posse e de consumo… enfim de possuir algo, passa a intrínseco em nos… desejamos sem nos darmos conta! Entramos na grande roda do capitalismo, da qual nem morto é possível sair!
A verdade é certa, também nunca fui muito ligado nos bagulhos de religião, nem sei quem foi S. Valentim ao certo, mas a verdade é que este parece-se cada vez mais com o único Valentim que conheço – o Major, um tipo já de idade com barbas brancas (...). Apesar de não conhecer o verdadeiro Valentim, (o Santo) acredito que S. Valentim tivesse realmente boas intenções, ao contrário desta malta do capitalismo.  
Imaginem agora o capitalismo nas sociedades islâmicas, a malta sem escrúpulos a tentar fazer o mesmo com o nascimento de Maomé, ou ainda a festejar o suicídio de um daqueles mártires que à conta de se fazer explodir jaz no paraíso com 12 virgens à sua conta, pela certeza ainda tentariam vender-lhe mais 12 para acabar com a desgraça do homem. Ou para pior venderem massivamente kits e livros de auto-ajuda na auto-explosão, no qual o slogan iria ser:  Faça-se explodir a si mesmo em 6 simples passos, e estará rapidamente no paraíso com 12 virgens… e se ligar hoje e apenas hoje ainda oferece-mos, não 12, mas 24 virgens à sua escolha totalmente grátis!

O Capitalismo no seu maior!





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Corrupção e compadrio, fazem do Português vadio...




Não há um dia em Portugal no qual se não faça um debate meio a serio, meio a brincar nos mass media Portugueses, em que não se debata o estado das finanças do país e o seu ilustre défice[1], que segundo os últimos números, alberga o fantástico número de mais de 6 milhões de dependentes (sugadores) do orçamento de estado. Não sendo economista, e com a agravante de ter ganho anticorpos aos algarismos como a maioria da população em Portugal e de entre eles encontram obviamente os nossos governantes e o nosso primeiro-ministro (o expoente máximo de proxenetismo em Portugal). O caso do défice das contas públicas em Portugal não é dos mais graves da Europa, ou seja o nosso défice é grande, mas como existem outros países com um défice maior…qual é problema… os americanos estão com o maior défice do pós segunda guerra e não fazem disso um drama.
Sendo assim concluo que de facto Portugal é pequeno, mas a nossa pequenez não é geográfica mas sim intelectual. Em Portugal qualquer pequeno problema vira bicho-de-sete-cabeças. Outro dos grandes problemas de Portugal é fruto da sua pequenez, e qualquer problema é um grande problema, por mais pequeno que ele seja. Neste aspecto Portugal é como um doente em fase terminal de imunodeficiência e qualquer resfriado pode ser letal.
A imunodeficiência e pequenez de Portugal revelam-se sobretudo a dois níveis:
1.                  1.º De índole histórico-geográfica, resulta por um lado pelo facto de Portugal ser uma pequena nação, também é verdade que a nível europeu não existem grandes nações se excluirmos a Rússia. A Europa fruto de duas grandes guerras em seu solo viu-se fracturada nos pós guerras, (territorialmente e mentalmente) mas lá conseguiu recuperar fruto de muita labuta. Portugal entretanto nunca recuperou verdadeiramente do pós descolonização, para a qual não estava manifestamente preparado, mas que lá teve que se fazer a pressão como tudo em Portugal.
2.                 A 2.ª de natureza psicológica, aí que a porca troce o rabo, como diz o Zé Povinho, pende-se com o facto de nunca termos recuperado inteiramente enquanto nação dos maravilhosos anos dourados dos descobrimentos. Sempre fomos desde cedo a primeira nação global, habituamo-nos a ter vistas largas e uma ambição desmedida, habituamo-nos a olhar o infinito e a ver para lá do oceano. Este fardo juntamente com o fardo herdado do sebastianismo, no qual estamos mais de 400 anos à espera do Sebastião salvador, que nunca chegou, (a não ser que seja o nosso primeiro-ministro) toda a nossa história foi dirigida para o atlântico e deste para o mundo. De súbito perdemos as colónias e dizem-nos que temos agora de encurtar as vistas e virarmo-nos para a Europa, através da Espanha de onde nunca vieram nem bons ventos nem bons casamentos, da qual nunca nada quisemos saber, da qual nunca verdadeiramente nos identificamos. Somos e sempre fomos um país periférico dentro da Europa. A velha Europa sempre olhou para nós portugueses se soslaio e sobranceria. Somos periféricos e iremos continuar a sê-lo porque o problema de Portugal foi desde sempre existirem muitos portugueses, e com eles, muita corrupção e compadrio.
Não conheço uma ex-colónia ibérica que se tenha dado bem, que seja um exemplo de desenvolvimento, a exemplo dos Estados Unidos, a Austrália, ou o Canada. São todos bons exemplos mas nenhum deles provém de uma ex-colónia de países latinos. Os latinos são a mais vil linhagem à face da terra, fundaram as mais ignóbeis instituições do planeta: a máfia, a inquisição, a república e a igreja católica. Portugal faz parte dessa curta lista de latinidade, somos portugueses e o facto de sermos portugueses já implica desde si um fardo muito grande que todos temos de carregar. É cultural, nada é mais português que ser português, e o português típico é baixo gordo usa bigode, dá pelo nome de Manuel e extremamente propenso a corrupção. Ser português é isso mesmo é ser corrupto, e o habito faz o monge, e a corrupção faz do orçamento de estado uma porca com inúmeras tetas da qual é um ver se te avias entre os porquinhos esfomeados. Falam em mudar a imagem da república para a figura da Amália, eu cá voto na imagem da porca, muito mais fidedigna e apesar de tudo actual.
A corrupção está de tal modo enraizada em Portugal, é axiomática, devia ser inscrita na bandeira nacional como os brasileiros tem inscrito Ordem e progresso, nós deveríamos ter algo do género corrupção e compadrio fazem do Português vadio. O status social do português não se mede no seu grau académico ou de riqueza monetária. Quem estuda em Portugal é desempregado[2] e burro[3]… ou Doutor[4]. Quanto ao desempregado é óbvia a resposta. É burro porque se deu ao trabalho de ir para a universidade em vez de investir no factor social[5]. Por isso se diz que quem tem amigos não vai preso, nem fica desempregado, mesmo que seja analfabeto. É melhor não saber ler, a ser muito erudito[6] e não conhecer presidentes da câmara ou vereadores.
Se não tiverem dinheiro, ou não tiveram lobbies políticos deixem-se de cursos e graus académicos que isso não vos vai servir para nada. Apostem num curso de árbitros, custa menos e dá muito mais dinheiro, ou pelo menos fruta vai dando, e já não passam fome pelo menos. Se não tiverem apetência pelo desporto e forem mesmo totós, com óculos fundo de garrafa e os paizinhos não conhecerem ninguém, então não desesperem, serão sócios dessa enorme e crescente comunidade de parasitas deste país que quer trabalhar “os desempregados”. O fosso esforço não terá sido em vão, outros aprenderão com a vossa luta… com o vosso sangue. Muitos já não irão mais inscrever-se nas universidades, mas sim nos partidos políticos (em exercício, nas câmaras de residência ou no governo, porque os outros é só para atrasar a vida), deixarão de ir a conferências, colóquios, para irem a comícios.
Voltando aos debates em torno do défice, acho muito estranho que em Portugal, ainda se fale do assunto. Com tanto carcamano[7] a chuchar nos seios dessa grande meretriz que é a administração pública em Portugal, ainda se admiram que o défice seja elevado. Se até eu cheguei ao fundo do problema, e pior também á solução, mas o meu espanto é cada vez maior na medida em que ainda ninguém encontrou uma fórmula de diminuir o respectivo défice quando até eu já o fiz (e não sou engenheiro aeroespacial). Mas devo contudo referir que foi preciso pensar muito mesmo, que não se pense que as minhas conclusões foram tiradas assim da cartola, foram precisas mais de duas horas de intensa reflexão, e leituras de dois terços de volume da enciclopédia britânica…
Mas cheguei a duas estranhas hipóteses para o paradigma do défice:
1.      Ou eu serei muitíssimo inteligente? (O que a ser verdade responde a outro dos meus dilemas existenciais, causa de muitas noites em branco. E que se prende com o facto do porque de em tantos em mais de 6 milhões ainda não amanhei eu um tacho? Cuja resposta é bastante obvia. Não sugo na grande prostituta, pelo facto de o meu QI ser demasiado elevado).
2.      Ou é bem mais elementar a resposta, e simplesmente não querem deixar de mamar nos seios da grande meretriz que a todos alimenta e quem vier atrás que feche a porta.
Estranhamente opto pela segunda hipótese, mas lá está, só cheguei lá porque sou extremamente dotado intelectualmente, pelos vistos ao invés dos nossos governantes.


[1] Seios da meretriz (republica Portuguesa) da qual os carcamanos buscam seu opulento sustento.
[2] Individuou estúpido, crente e temente a deus, com elevado grau académico, mas que contudo não conhece ninguém digno de registo na esfera política e administrativa.
[3] Enquanto o estúpido consegue emprego na função pública, o burro difere no género, acredita que com competência arranjara emprego.
[4] Personalidade que ingressa no ensino superior com tacho garantido na função publica, fruto dos compadrios políticos dos seus parentes ou amigos. 
[5] Também conhecido por cunha, acto de conhecer ou influenciar e/ou diligenciar a indivíduos tacho, com notória incapacidade mental de trabalhar fora do sistema.
[6] Gajo que passa a vida a ler demasiados livros e fica sem tempo para conhecer os presidentes de câmaras e respectivos vereadores.
[7] Individuou opulento que suga e engorda nas tetas da grande rameira que é o orçamento de estado, (mais de 6 milhões em Portugal). 
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