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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Hoje gostaria de ser egípcio!!!

Vivo num Portugal pequenino de território e também exíguo na mentalidade… mas contudo
enorme em burrice (para não lhe chamar outra coisa). ( e não, não é para ti Pelejão, nem para ti Jazzss)
Vivo…  onde de uma música sem importância nenhuma serve para geral uma celeuma enorme. De um lado os acérrimos defensores da “geração parva”, e do outro uns supostos incendiários que querem “gamar” o emprego à geração parva.
Obviamente que partimos de duas premissas à partida erradas… que são:
1 – Que a geração rascanha sua “generalidade” quer trabalhar!
2 - Que a geração “parva” na sua generalidade, não quer perder o emprego!
Mas o que se passa é bem diferente, a “geração rasca” na sua generalidade não quer trabalhar… quer isso sim é emprego (job for the Boy)!!! E a geração parva, quer é a reforma, sem ser muito penalizado!!!
Dizendo isto, claro que corro o risco de ser muito injusto para aqueles indivíduos, das duas gerações que de facto querem é trabalhar… (Por isso peço desde já as minhas desculpas)
O problema de Portugal, não é o raio da música dos Deolinda… o problema de Portugal, é a maneira como a revolta nos toca a todos de maneira diferente. Ou seja, para uns a revolta é avaliação dos professores… para outros é o desemprego… a corrupção… a justiça… e podia continuar o dia todo nisto, uma vez que o “nosso” Portugal, (mais de uns que doutros) é extremamente fértil em injustiça, e cuja culpa é de todos nós, que assim deixamos que chegasse a este ponto.
Mas, a mim, chateia-me uma coisa totalmente diferente… é a chamada inércia dos portugueses, que se queixam de tudo e mais alguma coisa e nada fazem para a mudar! Disse-o o repito-o as vezes que for necessário, “ somos umas coisinhas amestradas”. É fácil para mim não sentir uma pontinha de inveja nestes dias, do povo egípcio, que dia após dia foi para a rua manifestar a sua indignação, e até dar a sua vida (no caso de alguns), em prol da revolução.
Nós, no nosso pequenino rectângulo, somos demasiado invejosos; amestrados e narcisistas, para irmos para a rua, mudar algo que se tornou insustentável há muito.
Como bons portugueses, tá tudo bem desde que o vizinho ainda esteja mais na merda que eu...  Ou seja acaba por estar quase 99% da população bem na vida, porque ainda conhece alguém na vida bem pior que ele… agora pergunto eu e os outros 1% que não conhece por comparação, ninguém pior que ele mesmo? Esse é o desgraçado que se meteu na ganza, ou no álcool, e estaciona carros, mas que no fim do dia tira, livre de impostos, mais dinheiro que a generalidade dos portugueses.
Respeito por isso muito a música, bem como a sua mensagem implícita, bem como me solidarizo com quem se sinta minimamente identificado com a música, porque de facto é necessário, um qualquer tipo de intervenção. Isto tá podre já na generalidade todos sabiamos, necessitávamos era de uma qualquer coisinha mais e não de apenas uma música e uns desabafos em quaisquer blogues (como eu por exemplo).

É por isso que hoje gostaria de ser egípcio, mesmo que por um dia, mesmo que sentado no sofá.  Mas isso sou eu.

1 comentário:

  1. Tens bom remédio !
    Em vez de estares a dar bocas...
    Levantas o cu do sofá e vais fazer a revolução para a Praça do Comércio...e prontos!
    Desculpa lá ser anónimo, mas nestes tempos, é melhor não confiar nem em cinzas de coelho.

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