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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Grupo de economistas portugueses apresenta queixa-crime contra agências de rating.



Um grupo de economistas portugueses apresentou uma queixa-crime na procuradoria-geral da república contra as agências de notação Moody's, a Fitch e a Standard & Poor's por crime de manipulação do mercado, a queixa é subscrito por: José Reis e José Manuel Pureza, da universidade de Coimbra, e Manuel Brandão e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Em declarações à Lusa, José Reis realça que as agências que «intervêm no mercado português», as três referidas na denúncia, «dominam mais de 90 por cento do mercado» internacional, pelo que «é preciso saber se as leis da concorrência são respeitadas».
Duas dessas agências - Moody s e Standard & Poor's - têm inclusive um «mesmo fundo de investimento como proprietário», adverte o economista, e as decisões que as entidades tomam, «que influenciam as taxas de juro», têm um impacto significativo nos endividamentos dos países, «podendo afectar a sua estabilidade» financeira e económica.
No documento a entregar na segunda-feira na Procuradoria-Geral da República, a que a Lusa teve acesso, é dito que «quanto maior for o risco inerente a uma emissão de dívida, maior será o retorno exigido pelos investidores, ou seja, maiores serão os juros» impostos pelos mesmos.
«Compreende-se assim a grande importância que revestem as classificações feitas por estas agências: elas servem de referência aos investidores, emissores e administradores públicos para as suas decisões de investimento e financiamento», diz a nota.
Sendo este o papel que tem sido atribuído no mercado a estas três agências, «não pode permitir-se que ajam de forma a alterar o preço dos juros, direccionando o mercado para situações em que elas próprias ou os seus clientes tenham interesse e retirem benefícios», declara o grupo de economistas.
O inquérito que os assinantes do documento querem que seja aberto deve apurar a «prática dos actos abusivos que são imputados» às três agências, a «existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo português» e a «identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos» da denúncia.
Os economistas querem também saber se os «benefícios obtidos pelas agências» e os seus clientes «foram de notória importância», para além de quererem ter acesso a «todas as comunicações internas das agências de notação respeitantes às classificações referentes a Portugal» desde o ano de 2010.

3 comentários:

  1. Haja alguém com atitude, não sei o que irá dar tal "queixa-crime", só dará frutos se este assunto tiver impacto internacional e ao nível mesmo global, não é só o nosso país há muitos outros e alguns da CE, começaram pelos mais antigos e frágeis da comunidade, a seguir será a Espanha e Itália no mesmo barco, ou melhor a nau da catrineta que nunca sabe quando se afunda, existe vários documentários a dar indicações do qual será o futuro da Humanidade. Vejam Zeitgeist - Moving Forward e The Illuminati - The New World Order, em qualquer deles ficam a saber qual o plano para os nossos filhos!

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  2. É verdade têm razão..os Tugas não têm culpa nenhuma e quem deve pagar a nossa crise são os chineses ou os africanos como no passado..LOL

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  3. O que está em causa não é se Portugal deve ou não pagar a sua divida, e claro que temos que pagar, a questão é saber quais os critérios que são usados pelas agências de notação para que o rating de Portugal fosse constantemente baixado, já agora sabem qual era o rating da Islândia imediatamente antes da crise estourar?
    ou então qual era o rating do Lehman Brothers?
    Em 2000, a Enron, empresa que a revista "Fortune" apelidou de "a companhia americana mais inovadora", durante seis anos consecutivos cotava a 84 dólares, e um ano depois estava a 26 cêntimos. Foi à época a maior falência da história da América com activos de 65 mil milhões. As agências de "rating" foram acusadas de serem muito lentas a actuar

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